19/04/10

Ratzinger


Afirma Pacheco Pereira (cheguei lá pela Joana) que a teologia da libertação "transformava o cristianismo numa espécie de progressismo político muito influenciado pelo marxismo".
É interessante que tenha adoptado semelhante formulação, quando se poderia jurar que o catolicismo  está cada vez mais apostado em transformar o cristianismo numa espécie de conservadorismo político muito influenciado pelo fascismo. Nem as crianças lhes escapam.

2 comentários:

xatoo disse...

a Opus Dei quando ascendeu ao trono de JP2 (para retirar a ICAR da falência arrastada pelo escândalo do Ambrosiano) sob o rigoroso controlo do futuro B16 na década de 90, diabolizou D. Helder Cãmara excomungou Leonard Boff e mandou assassinar o arcebispo Oscar Romero... (vem no livro do Michael Walsh, salvo erro) e de novo, como escreveu o Doblin no roteiro geral de Berlin Alexanderplatz, volta-se a colocar a questão da compreensão se o fascismo não terá saido vitorioso...

CN disse...

O alegado conservadorismo aborda umas poucas questões:

- aborto
- casamento (divórcio, casamento gay)


Podemos juntar mais isto e aquilo, mas é um conjunto limitado e contido.

Comparem por favor o catolicismo com as restantes religiões.

O puritanismo é "protestante", não católico. E se não é puritanismo é o "maniqueísmo" (bem, mal...),,,protestante. Dái a proibição do álcool ser característico de países protestantes.

Acho que nem vale a pena abordar o islamismo, hinduísmo... ou mesmo o judaísmo.

Por outro, faz parte do catolicismo a fruição em geral: da boa comida, vinho, da arte, da opera (a música, barroco.. digam-me com a excepção do macanicismo genial de Bach onde há um compositor que não seja católico, de cultura católica). De onde é o Barroco?

Ver as Igrejas, monumentos, etc. Os Protestantes são moralistas em si mesmo: ascéticos, como se a mera fruição fosse pecado.

E ainda temos a confissão,a aceitação do pecado é em si humanista não hiper moralista. Não como o protestantismo que não o admite. Isto para além de eu achar como me parece claro, como o mais antigo acto de psicanálise disponível.