30/04/10

Special Mou


Mourinho triunfou sobre o Barça matando o futebol, imitando o que a finança tem feito e continua a fazer à economia. Até à crise, vai ter o mundo dos pragmáticos que pisam a estética rendido a seus pés, especialmente os opinadores do rating para quem o futebol (só) existe no 90º minuto, o do resultado. E raramente o capitalismo dos tempos actuais terá encontrado melhor metáfora desportiva.

5 comentários:

CF disse...

Grande post, apesar de pequeno. Tenho dito!!!

João Romão disse...

É isto mesmo: Viva o Futebol Total e a Revolução Permanente!

Anónimo disse...

Podia ter sido uma metáfora, mas não é. Ora, Mourinho não matou o futebol; o futebol não apela apenas ao espectáculo - esse sim, convergente com as lógicas pragmáticas; o futebol, como qualquer outro desporto, vive de uma inteligência teleológica, isto é, de uma ordem estruturada segundo regras e tácticas e não, como na sociedade do espectáculo, de uma indigência dos prazeres. É um jogo, por isso tem regras. O estético nao é um jogo, por isso é que liberta. Ainda.

João Romão disse...

É isso mesmo. Viva o Futebol Total e a Revolução Permanente!

João Tunes disse...

O comentário do "Anónimo" é tão sábio e tão frio que me arrepiou. Lembrou-me o "Arbeit macht frei" pendurado na entrada de Auschwitz. Terá sido por isso que prefere a clandestinidade do anonimato?