17/06/10

Não é cedo para passarem à farsa?

Admito que os episódios seguintes tenham um valor meramente simbólico. Mas em política e na ideologia, o valor dos símbolos tem um tamanho do messiânico ao adamastor, dependendo. Estes, os que trato a seguir, eu vi-os, pela televisão, e não consegui logo acreditar. Primeiro, o governo, primeiro-ministro à cabeça, recebeu os sindicatos. Pois quem ladeava Sócrates e declarou depois para a comunicação social como porta-voz governamental? A ministra que foi sindicalista e é agora do trabalho? Não, foi o ministro dos negócios estrangeiros, o mesmo Luís Amado do apoio ao censor egípcio para manda-chuva da Unesco e da defesa do preceito constitucional do limite do défice! Depois, um espanto nunca vem só, um secretário de estado das finanças ou de um qualquer outro dano colateral, num debate parlamentar, também visto na televisão, um sujeito com nome de cantor (Emanuel ou parecido), não conseguiu segurar os óculos de cada vez que tentou ler a cábula de apoio. O ministro dos negócios estrangeiros a negociar com os sindicatos e um secretário das finanças com óculos que fogem do apoio do nariz, representam o quê? Um tradutor de símbolos que me ajude. Por favor.

(publicado também aqui)

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