26/11/10

Assim, até um matraquilho geria bem a EDP

Se eu e os meus sócios decidirmos investir numa nova tecnologia ou em quadros especializados, a nossa empresa terá de assumir os respectivos riscos. Fazer repercutir de imediato esse custo nas facturas que passamos aos clientes levaria à sua debandada imediata. Assim, apostamos parte dos lucros da empresa a cada investimento; se funcionar, todos felizes. Se não, azarito.
A EDP, por ter a sua clientela amarrada de pés e mãos a um monopólio, pode fazer as coisas de outra maneira. Experimenta novas tecnologias, como a do projecto-piloto Inovcity, e trata logo de passar o custo para os consumidores, com o argumento, acolhido pela ERSE, de que se trata de coisa eventualmente benéfica para o consumidor. Assim, este projecto, entre outros, «foi já financiado pelas tarifas eléctricas» como admitiu sem rebuços o administrador da EDP Martins da Costa.
Começo a entender como é que o Mexia merece um ordenado maior do que o do Horta Osório, há pouco contratado para chefiar um dos maiores bancos do Reino Unido: investimentos sem qualquer risco, a pagar por clientes reféns, são mesmo uma grande ideia.

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