22/11/10

PSR (1978-2010)

O Partido Socialista Revolucionário (PSR) foi um partido político português trotskista criado em 1978, durante o congresso em que a Liga Comunista Internacionalista (LCI) se fundiu com o Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT). Em 1983 concorreu às eleições legislativas em coligação com a UDP, então frente eleitoral de um movimento maoísta, o PCP (R). Os resultados eleitorais são desastrosos. Em 1985, depois de um recuo organizativo, o PSR ganha novo alento, iniciando campanhas antimilitaristas e anti-racistas, especialmente dirigidas à juventude. Em 1987 participa nas eleições para o Parlamento Europeu, integrando nas suas listas candidatos independentes. Nesse mesmo ano e mantendo a linha de colaboração com independentes, inicia a publicação da Revista Combate em novo figurino. Em 1999, juntamente com a UDP e a Política XXI, esteve na origem da criação do Bloco de Esquerda. Nos anos seguintes, de uma extraordinária atenção aos temas lgbt, passa a uma estratégia de secundarização do tema, no quadro de um processo de construção da chamada esquerda grande. No mesmo processo, os seus dirigentes com maior visibilidade mediática apoiam a candidatura patriótica do republicano Manuel Alegre. Em Novembro de 2010, desfila pela Avenida da Liberdade com a assistência do serviço de ordem do PCP e o apoio da polícia de intervenção, que protege os partidos com assento parlamentar do perigoso radicalismo de esquerda: anarquistas, activistas lgbt, activistas ecológicos, o Major Mário Tomé, alguns militantes do próprio PSR. Se em 2006, o PSR extinguira-se enquanto partido político, transformando-se na Associação Política Socialista Revolucionária, APSR, nesta ocasião extinguiu-se politicamente. Sobram apenas algumas ovelhas negras fora do rebanho.

17 comentários:

Nuno Ramos de Almeida disse...

Parece-me um bocadinho exagerado este post, não achas?
É verdade que os textos mais do que uma análise procuram um efeito, mas quando se afastam da análise, será que conseguem o efeito?

Niet disse...

Z. Neves: Grande análise, brilhante. A descrição da entrada fulgurante do PSR/ASPR no conluio do sistema político-partidário integrado,despótico e dominador, faz-nos pensar nos dispositivos, rolamentos, dos momentos de incondicionalidade descritos por L. Wittgenstein, que se podem colocar em movimento, se bem que nada mexa com eles ou a partir deles. Niet

Zé Neves disse...

nuno, é uma provocação, por certo. ao estilo psr :)
achas que levam a mal?
abç

ps - além disso, grande parte é da responsabilidade comu, via wikipedia. eu só acrescentei as últimas linhas..

LAM disse...

humm, o Zé Neves não quer ficar mal na fotografia ao acusar um só partido, e vai de dar bicadas democraticamente por todos...

Mas o problema não estará (não teria estado), nos manifestantes que integraram o grosso da manifestação, seja com bandeiras do PCP, seja com cartazes do BE, seja de mãos no bolso e a assobiar. O direito a escolher o sítio onde vai é com cada um. O problema está, como vem sendo típico que esteja, em quem se acha dono da liberdade e das organizações sindicais (sindicais, repito), dos trabalhadores. É essa guarda sem mandato que procura ter como aliado o corpo de intervenção ao invés dos trabalhadores e manifestantes, que urge denunciar e apontar como agentes provocadores. Eles são o factor de divisão de quem está na mesma luta, mais ninguém.

Miguel Serras Pereira disse...

Caro LAM,
considero a sua reacção compreensível. Mas a verdade é que, embora as responsabilidades maiores caibam às organizações que sabemos, não teria ficado mal ao BE recusar a integração separada ou acordos separados contra o resto da malta. E protestar antes, durante e depois da manifestação - servindo-se dos meios adequados em cada momento - contra o cordão sanitário com que a polícia cercou os "anarquistas". A maneira mais simples, no primeiro momento, seria exigir descerem a Avenida também cercados, dando-se como igualmente perigosos, reclamando, de caminho, que o mesmo fosse feito a todos os outros manifestantes… Acrescento que as franjas rubras que andaram a anunciar que transformariam a manifestação numa jornada de apoio à "resistência islâmica" desempenharam nesta história toda, além do papel reaccionário do costume, o de idiotas úteis - utilíssimos às direcções das massas que pretendiam "radicalizar"…
De qualquer maneira, repito, este reparto não exclui um acordo de fundo com os pressupostos do seu comentário, ainda que creia que o Zé Neves não andará longe de os partilhar consigo.

Cordiais saudações democráticas

msp

Zé Neves disse...

LAm,

repare que eu não me refiro ao BE, do qual já não espero muito acerca de coisas destas (embora no primeiro post que escrevi elogiei justamente o papel de Mário Tomé e do deputado José Soeiro). refiro-me ao PSR. o PSR tinha uma sensibilidade aos abusos policiais que era muito importante. e que se perdeu no quadro do BE, por razões várias. o mesmo em relação à questão do patriotismo. é claro que sobram ovelhas negras, como as que estiveram na linha da frente da manif cercada pela polícia. quanto ao resto, de acordo consigo.
cumps

LAM disse...

Zé Neves e Miguel Serras Pereira: "não teria ficado mal ao BE recusar a integração separada", de acordo. Caso disso tivessem tido conhecimento atempado, convém acrescentar (que, acrescento também, não sei se tiveram ou não). O que acontece na maior parte das vezes nestes casos é que o "serviço de ordem" já vem com a lição "de casa", pelo não seria de admirar que a grande maioria dos participantes nem disso se tivesse apercebido ou, quando aconteceu, já estivessem organizados de outra forma na manifestação. Isto porque sei que há problemas práticos numa manif ou outra forma de luta, que impede mudanças à última da hora.
Ou seja, o que estou a dizer é que há condicionantes várias e/ou falta de conhecimento das formas como as coisas aconteceram, para que se façam acusações de conivência com o sucedido. Mas, havendo esse conhecimento e provadas as condições para uma reacção, então sou mais um a criticar.

(esclareço, porque este comentário pode sugerir coisa diferente, que não sou militante ou aderente ou como se chama, do BE. Sou um trabalhador sindicalizado, de um sindicato da CGTP, como tal participante de direito próprio nas manifestações convocadas pela CGTP, quer não tenha partido nenhum, quer seja aderente do BE, do PCP, do Pagan ou activista de outro grupo qualquer.) Isto porque o pior erro que tenho visto nesta discussão é a visão estanque das pessoas participantes. Os argumentos de que os anarquistas, ou pacifistas, ou Pagans, não foram subscritores da manifestação e, como tal, relegados para a cauda da manif com direito a quadrado policial,ilude a possível condição de muitas dessas pessoas, que podem ser e ter o direito de se manifestarem com as palavras de ordem que quiserem, exibindo os símbolos que entenderem e serem, cumulativamente, sindicalizados em sindicatos filiados na CGTP.

Quanto à "resistência islâmica" não posso dizer nada, tenho medo do Renato ;))

cumps

Miguel Serras Pereira disse...

Caro LAM,

excelente resposta - estamos de acordo no essencial.

Abraço democrático

msp

Ricardo S. Coelho disse...

Caro José Neves,
Pela primeira vez, vou ter de discordar de algo que escreves. Creio que este texto está cheio de imprecisões. Vejamos:
- A história do PSR está bem feita, até aqui tudo bem. Faltaria apenas falar do momento do Cavaquismo, quando o PSR cresceu bastante e quase elegeu o Louçã, e da candidatura comum com a Política XXI nas autárquicas no Porto e Lisboa, com resultados fracos na primeira e bons na segunda (eleição de um representante na AM).
- Não sei de onde vem a ideia de que a questão LGBT foi secundarizada. Esta tem sido uma bandeira do BE desde o início, em parte por influência do PSR. Não temos de recuar mais de uns meses no tempo para ver como o BE foi parte essencial de acordos à esquerda que permitiram a legalização do casamento gay e da mudança de sexo no BI. Secundarização? Onde? Quando?
- Também não sei quem são os "dirigentes com maior visibilidade mediática" que apoiaram o Alegre nas últimas presidenciais. Podes elucidar-me?
- A ideia de que o BE foi, de alguma forma, cúmplice da repressão policial do chamado "Black Bloc" a mando do PCP é totalmente descabida. Aliás, o tal "Black Bloc" era apenas um grupo de gente anarquista e do BE (não era apenas o Tomé que estava lá...). Houve gente do BE que integrou o grupo que foi excluído da manif e houve gente do BE que estava na manif. Não sei dizer o que aconteceu ao certo, não estive lá, mas sei que houve malta que esteve a tentar contrariar a repressão policial e que houve malta que nem percebeu o que se estava a passar (ver o que o Miguel Cardina escreveu sobre o assunto, por exemplo).
Uma breve pesquisa pelo Esquerda deve chegar para encontrares vários artigos a condenar a repressão policial. O Louçã, por exemplo, escreveu sobre isso: http://www.esquerda.net/opiniao/avenida-da-liberdade-pela-paz. A Mariana Aiveca também falou no parlamento contra as expulsões de manifestantes na fronteira. Onde está a impassividade perante a repressão policial?
Acusações injustas e injustificadas não são teu apanágio. Não percebo de onde isto veio.

Ricardo S. Coelho disse...
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Ricardo S. Coelho disse...
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Ricardo S. Coelho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
nevesze@hotmail.com disse...

kandimba,

quem dirigia a manifestação do bloco sabia do que se estava a passar lá atrás e era impossível não o saber. no fim da manifestação, então, era mesmo impossível não o saber. além de que nenhum dirigente do bloco, além do José Soeiro, que eu saiba (mas posso estar enganado), se pronunciou sobre a acção policial naquelas circunstâncias. muita gente que ia na manifestação do bloco não sabia, outra soube (eu ia, de início, na manifestação do bloco). militantes do bloco houve que foram à manifestação do bloco chamar pessoas do bloco para se juntarem à manifestação guetizada, mas sem muito sucesso. eu próprio refiro o facto de militantes do psr e outros militantes do bloco, como o JOsé Soeiro e o Mário Tomé, terem ficado para trás ou terem participado desde início com a pagan. acho, de igual modo, que a atitude do Bloco em relação à PAGAN não foi a mais correcta (antes da manif) mas sobre isso não me pronuncio com certezas porque não conheço bem o processo.

acho o artigo do Louçã particularmente infeliz. Se é verdade que se pronuncia em relação ao acesso de estrangeiros ao país, creio que o mais improtante não era garantir que ninguém desfilaria de cara tapada, mas dizer que não é proibido em lado nenhum que algúem desfile de cara tapada, podendo obviamente dizer que o bloco não desfilaria de cara tapada e sim com a sua cara de líder em representação das restantes.

em relação ao alegre, não pretendi dizer que o apoio era relativo às últimas presidenciais, mas a estas. agora que notas, percebo o possível o equívoco.

em relação à secundariazção da questão gay, recordo-me das delcarações de dirtigentes do bloco em últimas eleições, mas não tenho aqui o que citar. no geral diria isto: o bloco tem vindo a pretender dar a imagem de um partido que não é apenas e só da esquerda tida por fracturante e pós-moderna, mas isso não se faz, creio, aceitando a própria lógica de quem assim o critica e em parte (só em parte mas em parte) é isso que tem acontecido, com o retomar de slogans (esquerda popular, patriotismo) de um certo antifascismo contra o qual o próprio Bloco (e ainda para mais o PSR) fez o seu caminho.
abç

Ricardo S. Coelho disse...

Se o José Soeiro, que é deputado do BE, se pronunciou contra a repressão policial, creio que isso é suficiente. Não há qualquer necessidade de virem outros dirigentes do BE repetir o que ele disse, ele falou em nome de todo o BE.
Na questão dos slogans, antes de mais uma precisão importante: o BE nunca usou nem usaria o termo "patriotismo", um termo que detesto por se confundir facilmente com nacionalismo. Quem usa o termo sistematicamente é o PCP, um partido "nacional-comunista", diria eu.
É verdade que o BE tem evoluído no sentido de usar expressões como "esquerda de confiança", "europeísmo de esquerda", etc. Não vejo nisto qualquer incoerência nem qualquer tentativa de secundarizar outras lutas, como a dos direitos LGBT. Vejo apenas um amadurecimento, de perceber que há que disputar a hegemonia sem perder de vista os ideais que nos uniram mas também sem entrar numa de "orgulhosamente sós".
Como deves ter notado, eu pertenço à APSR. Quando entrei para o PSR, em 98, ainda não existia BE e a moda era usar a ovelha negra, com slogans do género "não lhes dou cavaco" ou "fora do rebanho". Embora continue a achar piada a estes slogans e a guardar com carinho os meus pins com ovelhas negras, penso que reflectem uma certa vontade de ser uma minoria, de estar à margem da maioria da sociedade, de ser "alternativo", enfim, de ser a ovelha negra no meio do imenso rebanho. Não me revejo hoje nesta atitude e penso até que a transição da "forinhice esquerdista" para a esquerda que disputa o poder foi o que permitiu ao BE tornar-se um dos poucos partidos de esquerda capaz de fazer mossa na Europa. Não acho que esta evolução tenha implicado deixar de lado algumas reivindicações, aliás todas as ideias presentes no documento fundador "Começar de Novo" estão presentes nos actuais programas eleitorais. Penso até que o BE se tem radicalizado, assumindo-se como socialista, defendendo a nacionalização do sector energético, etc., sem cair na tentação do esquerdismo.
Abraço, Ricardo Coelho

Zé Neves disse...

Caro Ricardo Coelho,
Dizes: “Se o José Soeiro, que é deputado do BE, se pronunciou contra a repressão policial, creio que isso é suficiente”. O José Soeiro pronunciou-se no âmbito da manifestação. Acho que o que se passou, do ponto de vista da intervenção policial, é suficientemente grave para merecer uma intervenção de algum dirigente do Bloco à posteriori. Dizes ainda: “Não há qualquer necessidade de virem outros dirigentes do BE repetir o que ele disse, ele falou em nome de todo o BE”. Se ele falou em nome de todo o BE, óptimo, mas então não faz sentido pressupormos que os dirigentes do BE, já para não falar de todo o BE, não sabiam do que se estava a passar, uma vez que o José Soeiro falou no decorrer da própria manifestação. De qualquer dos modos, não acho que o BE tenha “traído” o que quer que seja; infelizmente, as coisas são mais complicadas do que isso; trata-se antes de uma certa engrenagem de “responsabilidade” que se vai construindo e que nos torna menos “ágeis” aqui e ali. Para discutirem, caso o entendam.

Sim, eu sei que o «o BE nunca usou nem usaria o termo "patriotismo"», embora quanto ao usaria, o tempo o dirá. O Bloco apoia com unhas e dentes um candidato que se diz patriota mais patriota que os demais e quando confrontado com isso (entrevista à TVI24, com a Constança Cunha e Sá, creio) o Francisco Louçã não só não rejeitou essa dimensão do candidato como (por palavras diferentes, é certo) corroborou. Perguntas-me: o Louçã é um patriota? Não é isso que me interessa. Em parte o PCP também começou por ter um uso instrumental do patriotismo. Dizes ainda: “Quando entrei para o PSR, em 98, ainda não existia BE e a moda era usar a ovelha negra, com slogans do género "não lhes dou cavaco" ou "fora do rebanho". Embora continue a achar piada a estes slogans e a guardar com carinho os meus pins com ovelhas negras, penso que reflectem uma certa vontade de ser uma minoria, de estar à margem da maioria da sociedade, de ser "alternativo", enfim, de ser a ovelha negra no meio do imenso rebanho”. Eu, como sabes, nunca fui do PSR e não por acaso; em parte, por algumas das razões que apresentas. Mas isso não significa que a alternativa a ser alternativo/minoritário seja simplesmente lutar pela hegemonia nos termos em que vocês hoje entendem essa luta (muito mais uma luta por “conteúdos” alternativos do que por “formas” alternativas).
abç

Mário Tomé disse...

A Vida é Bela

Meus caros a opinião do «major Tomé» -
O Bloco foi na Manif da frente e era onde devia ir. Só foi pena que não tivesse tratado disso mais cedo quando surgiu o apelo à plataforma das «cem organizações».
O Bloco não tem nada a ver com a PAGAN e seria mau que tivesse. O maior problema, que o Bloco tem de dar garantias novas de que não existirá com ele, é o dos partidos terem as suas organizações preferenciais. As organizações são livres e também não devem meter-se oportunisticamente debaixo dos partidos.
Eu pertenço à PAGAN enquanto Mário Tomé e com quem durmo só a mim me diz respeito. Nas organizações sociais, e a PAGAN é um execelente exemplo de democracia assembleista pura o que me dá grande satisfação e com o que aprendo muito,nomeadamente sobre a eficácia real de se funcionar e tomar decisões nestas organizações sem direcção eleita e muito menos «imposta».
A PAGAN formou-se, para intervir no ano inteiro que precedeu a cimeira e organizar uma contra-cimeira o que aconteceu e bem, meses antes da tal plataforma das cem flores a florirem no quintal do PCP (mas onde há tanta gente um partido como o BE deve participar e impor regras democráticas e abertas enquanto tal)e não quis integrar a plataforma porque quis manter a sua total autonomia sem se comprometer com «orientações» ou ter que se integrar em realizações qu enão correspondessem à vontade dos seus membros assembleistas e com visões em geral pouco ou nada consonantes com a pifieza do anti-natismo CPPC (PCP) mas dando logo garantias da sua determinação em participar activamente na manif de dia 20. Uma série de pequenos equívocos na mobilização para a Manif - uma certa ambiguidade nos comunicados permitiu que fosse acusada de estar a convocar uma manif para o memso sítio e a mesma hora, permitiram ao PCP lançar a sua ofensiva contra os que não vão à missa noemadamente do ponto de vista da participação de estrangeiros. Como sabemos o PCP também venera o Santo Condestável e o seu internacionalismo é totalmente patriótico (como só a burguesia foi patriótica desde os tempos do Chopin e outros grandes como ele)e o proletariado deve mandá-los para a pátria que os pariu. Hoje temos uma burguesia sem pátria e o «Partido do proletariado» já sem mãos,de bandeira presa com os dentes: «malhas que o império tece/jaz morto e arrefece»!
Daí a ida à polícia foi um passo e outro passo a tentativa - apanhada como maná informativo - de criminalização da PAGAN e dos estrangeiros que a ela se associariam. Tudo isto é velho e relho e a malta não deve admirar-se.

Mário Tomé disse...

continuação de A Vida é Bela

Portanto no dia da manif tinhamos os vigilantes ideológicos, de opa vermelha, que relaxaram os réprobos ao braço secular e aí aparecem os vigilantes de negro, joelheiras e capacete como se fossem para um jogo de futebol americano. Americano era.
A PAGAN quando foi chamada a conversações com a polícia, dadas as suspeitas que sobre ela recaíam!!! assegurou que iria entrar na Manif no fim e desfilaria enquanto PAGAN (estava «proibida» pela organização de desfilar no meio da multidão em bloco) e como não tinhamos massa crítica para forçar a entrada concertámos que essa era a melhor forma de desfilar e mostrar e afirmar a PAGAN, com a garantia de que os carros da polícia iam atrás de nós, ou seja, não se interpunham entre nós e a outra manif. E foi isso que aconteceu at+e que a polícia barrou a entrdaa da outra malta e a PAGAN definiu-se como lhe competia ficando com os de coração negro, os maus.
Depois foi o desfile cercados pela polícia - a quem perguntei se deixavam o governo obrigá-los a fazer aquela figura (a POLÍTICA no comando)e a resposta foi de semi-assentimento - com muito poucos incidentes, tinhamos conosco um excelente grupo de tambores e apitos, ao ponto de um jornalista equatoriano ter perguntado porque é que a polícia cercava os que faziam a festa.
Quando acabou obrigaram-nos a ficar no mesmo sítio, parados /sequestrados!?)durante quase uma hora.
Acho que é caso para procedimento judicial. Vamos amanhã ver o que fazer.
O Zé Soeiro apercebeu-se do que se passdava, estava lá e lá ficou como lhe competia face a uma situação de repressão passiva e de provável repressão activa.
Repito: o Bloco estava onde devia onde tinha planeado estar com os seus militantes e simpatizantes ou apenas passeante. Era bom não querer fazer do Bloco uma organização social. É um partido político que disputa o poder com uma arma: o seu programa sufragado e conhecido e como tal com capacidade de representação de uma faixa do eleitorado. Como partido denuncia a repressão, combate os repressores, legisla, com os seus deputados pela liberdade. Os seus militantes estarão onde entendem, na luta social e política, como individuos que são e da forma como entendem. Se dormem com o Bloco é porque querem.
Já agora, como se provou e já se sabia, as causas gay e outras que tais, que o bloco assumiu com toda a responsabilidade e contribuiu para a resposta civilizada e democrática, não são fracturantes. Fracturantes são a luta contra código do trabalho, pela saída de Portugal da NATO (o PCP nunca o dcisse, apenas extinção, porque enquanto houver NATO tem(os) qu elá estar,o que quer dizer qu eela só se extinguirá quando os que a querem deixarem de a querer, no dia de S. Nunca à tarde.
Desculpem o paleio mas pareceu-me que dá alguma ajuda.