14/02/11

BE

Duas discussões separadas. 1) É pertinente o BE apresentar a moção de censura? Talvez sim. 2) É aceitável que essa decisão tenha sido tomada pela comissão política e não pela mesa nacional? Seguramente não. Tenho pena que existam críticas vindas do interior do partido, como a do Daniel Oliveira, que só têm certezas em relação à primeira questão e não colocam o segundo problema em debate.

8 comentários:

Miguel Serras Pereira disse...

Nem mais, leal camarada e espelho de autonomistas Zé Neves
Mais vale um erro democraticamente decidido e corrigível do mesmo modo do que a melhor verdade do melhor comité central - já dizia a grande Rosa. Ainda ninguém disse melhor.

Abrç

msp

Isabel Faria disse...

Essa é uma questão fundamental dentro do Bloco, Zé.
É que para a Maioria, os problemas da democracia interna, da discussão, da tomada das decisões, do incumprimento dos Estatutos são sempre questões menores que afligem as minorias...
Creio que ainda não entenderam que a maioria dos militantes se se começa a questionar pelas decisões políticas em que não se revê, só se afasta mesmo, quando se sente um tarefeiro ou um eleitor. Quando se sente, perdoe-se a leveza do termo, usado.
Fechada em S. Bento,a Direcção do BE, esquece-se cada vez mais de quem representa. Fechada na Rua da Palma, afasta-se cada vez mais dos seus militantes.

E nisso o Daniel não é excepção...

Fernando Pereira disse...

Pois, mas algum de vocês conhece os estatutos? Suponho que a Isabel conheça? Onde é que está escrito que a Comissão Política não pode tomar a decisão de apresentar uma moção de censura? E porque motivo, depois de gritarem todo o ano que temos de mandar o Sócrates abaixo e apresentar uma moção de censura, quando, enfim, é apresentada, é "deus nos acuda"? As pessoas que bradam pela decisão e organização de base, a luta de classes, a luta popular, passam o seu tempo, não na rua, não na luta de classes, não em frente das pessoas que trabalham e estudam... mas passam o ano todo obcecadas com: Assembleia da República, lugares elegíveis, e outras formas de política institucionalizada. São muito engraçados. Haja coerência... ao menos...

Zé Neves disse...

fernando pereira,

esta é uma das decisões mais importantes que o BE tomou nos últimos tempos. deveria ter sido discutida do modo mais amplo possível. e esse modo mais amplo seria, pelo menos, a mesa nacional.
quanto aos estatutos, se não interditam que a Comissão Política decida por si só, também não incentivam, parece-me. E se o fazem, acho que vocês, militantes do Be, deviam lutar para mudar os estatutos.


cumps

Zé Neves disse...

miguel,
parece-me que a camarada rosa está desactualizada... é que se vires bem, nem sequer foi o comité central que tomou a decisão, isto admitindo que o comité central é o equivalente da mesa nacional...
abç

Miguel Serras Pereira disse...

Toda a razão, Zé, está contigo - mea culpa.
Quanto aos estatutos, também acho que tens razão, na resposta ao Fernando Pereira. Mas pode-se acrescentar que, se promovem ou encorajam o governo por decretos do partido, o mais prático será alterá-los.

miguel (sp)

Fernando Pereira disse...

Zé:
- Regista-se a tua opinião sobre o que achas que os militantes do be devem fazer dos seus estatutos. não sendo tu filiado em nenhum partido, então, agradeço a sugestão embora não a vá seguir.
- Sobre o facto do que dizes ser "uma das decisões mais importantes que o BE tomou nos últimos tempos", só revela a falta de consistência da radicalidade da tua esquerda militante. Lamento informar-te, mas a maioria dos militantes e aderentes do be pensa que mais importante do que esta decisão, são aquelas decisões estratégicas em que decidimos o rumo do partido, de união à esquerda, de actividade militante e activista, de reforço das organizações de trabalhadores...etc...

É realmente é curioso como a blogosfera tem esta característica da radicalidade teórica constante que se dedica a críticar e comentar as decisões institucionais mas dedica muito pouco tempo a analisar e criticar aquilo que vai acontecedo no plano social e de organização... muito curioso e demonstrativo. Porque será? :)

alex disse...

Não deixa de ser interessante algumas opiniões sobre a democracia internano Bloco, intendem alguns aderentes e ex. que a direcção deve ouvir os aderentes sobre tudo, para isso não precisamos de direcção quando for preciso tomar decisões toca a reunir todos os aderentes.
È assim que os criticos fazem, quando criticam a direcção reunem toda a tendencia? claro que não basta ver a posição que defendem na mesa nacional