01/12/11

Ainda não é tudo a mesma coisa, pois não?

Quando leio coisas destas que por aí tendem a proliferar: "É de um simbolismo tremendo, que o ano da ocupação Troikista, seja o último ano em que por ordem dos Vasconcelos dos nossos dias, o 1 de Dezembro, único feriado Português em que se celebra a independência seja cancelado" porque "A Independência e a capacidade de auto-determinação de um povo são as suas, se não as mais, importantes conquistas", sinto-me tentado a perguntar se não seria mais estimulante, um pouco mais inteligente e, apesar de tudo, menos reaccionário, reivindicar, reforçando o protesto contra a eliminação do feriado em causa, a sua transformação em Dia da União Ibérica — parte de  (ou pelo menos rumo a) uma República da UE digna desse nome.

7 comentários:

Libertário disse...

Esta nossa esquerda só esquece que 1640 foi a troca de um grupo dominante por outro...Não esquecendo que grande parte dessa nobreza dita nacional aceitou de bom grado a união dos reinos. Enquanto pôde aproveitou.
Quanto a esse discurso da «independência» é fazer de conta que esta freguesia não foi coutada inglesa durante séculos.
Por mim Federação das Autonomias Ibéricas, como sempre reivindicaram os anarquistas, numa Europa dos povos federados.

Joana Lopes disse...

Iberista na 25ªhora, Miguel?...

A.Silva disse...

Magnifica idéia sr. Miguel de Vaconcelos SP

vítor dias disse...

iberista em passadeira para o salvífico federalismo em que, a mais pequena mudança progressista de um páis, ficará dependente va omum vontade maioritária e simultanea de 500 milhões de eleitores.

Anónimo disse...

Por mim é a comunidade humana mundial.
Esses daí, já começaram a negar a realidade dos massacres na Síria, invocam o anti-imperialismo para defender esses regimes. Bem miseráveis são, já que esses regimes só gratificam a extrema-direita europeia por esses favores. São uns geo-politiqueiros sem patronos.

joão viegas disse...

Ahahahah !

Nem vou ver do que se trata, prefiro imaginar : um quadro representando os membros do 5 dias vestidos à padeira de aljubarrota com uma bandeira Allah Akbar ?

Um abraço

Miguel Serras Pereira disse...

Agradeço ao aristocrático conjurado Silva a atenção que consagra aos meus escritos.
Com o Libertário, estou em princípio de acordo, claro.
Mas, se não percebi bem a crítica da Joana, ao Vítor Dias recordo que, tanto quanto sei, a Internacional e a Comuna são referências com que ele tem por costume o bom gosto de se abonar - pelo que lhe recomendo que se mantenha à altura das insígnias que escolheu (pensar na possibilidade de uma federação, ainda quando se prefiram outras soluções, nunca fez mal a ninguém, e não creio que esteja para além do que poderia e deveria ter feito o Vítor Dias…)
Quanto aos trauliteiros anti-internacionalistas militantes que, infelizmente, colonizam uma parte do 5dias, o que escrevem,. sobre os países que admiram, tipo Síria, lembram-me irresistivelmente o tom e a retórica sentimental do defunto SNI.
Acho prudente a atitude do João - mas, meu amigo, olhe que a reportagem islâmico-patrioteira sobre a Síria, referida por outro comentado deste post, vale bem a pena. Apresenta-nos diferentes provas pitorescas do progressismo sírio, e, entre essas provas, figura u bondoso médico que, juntamente com os bons sentimentos que o animam, confessa ao jornalista militante que, além de chorar amargamente o "socialismo realmente existente", tem uma fotografia de Estaline no seu quarto.

Boa-noite a todos

msp