24/04/12

Miguel Portas 1958-2012

Por numerosas que possam ter sido as nossas divergências sobre questões que não vou agora nem expor nem minimizar, ligava-me ao Miguel Portas a uma ideia comum fundamental: a da implicação circular da igualdade e da liberdade - ou da liberdade e da igualdade como bases necessárias, e únicas bases possíveis, uma da outra. A menos do que isso, que é o mais importante, não vejo, por mim, razão para chamarmos democracia. Mas chame-se-lhe o que se quiser, tal foi o projecto de que o Miguel quis dar testemunho, e é esse sua clara escolha ética e política que devemos hoje esperar que continue a guiar-nos nesta vida.

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