22/03/14

Proteccionismo e liberalismo

Ali em baixo, o Zé Neves escreve «haveria que perguntar se entre o proteccionismo de Hamilton e o liberalismo económico de dirigentes e pensadores norte-americanos que se lhe seguiram existem pontos em comum e não apenas diferenças. Na verdade, quando se diz - e bem - que o universalismo do livre-cambismo é em boa medida a "falsa consciência" do nacionalismo dos mais fortes, estamos já a admitir a possibilidade de continuidade entre proteccionismo e liberalismo sob a égide de um nacionalismo económico. Por este podemos compreender não apenas os proteccionismos mais autárcicos mas também o mais expansionista e imperialista defensor do livre-cambismo.»

No caso norte-americano, nem é preciso fazer uma análise muito aprofundada para descobrir isso - porque essa continuidade do proteccionismo para o liberalismo é claramente visível ao nível das políticas do mesmo partido ao longo das décadas: o Partido Republicano (mantendo sempre o carácter de um partido nacionalista e ligado à alta burguesia financeira e industrial - contra a aliança entre latifundiários esclavagistas, classes trabalhadoras e imigrantes representada pelos Democratas) foi durante décadas o partido "hamiltoniano", defensor do proteccionismo e do que chamaríamos "políticas de desenvolvimento industrial" para, a partir da segunda metade do século XX, se tornar o partido do "mercado livre", e isto sem nunca deixar de ser o favorito de Wall Street.

1 comentários:

não con fundir um homem disse...

e o seu partido

senão o medeiros ferreira seria cinco

o Pensamento económico de Hamilton é mecessário na actualidade

onde o liberalismo económico não existe

há proteccionismos vários desde o brasileiro até ao español e ao das quinquilharias chinocas

que fizeram e fazem dumping para esmagar a concorrência

logo 500 milhões num mundo de 8 mil milhões ou 9 mil milhões

é só uma question de tempo

mas iludam-se à vontadinha

dizem que faz durar mais