10/12/14

Testemunhos sobre a vida e a obra de Augusto Abelaira na Casa da Achada — Sábado, 13 de Dezembro, às 16 horas




Desde A Cidade das Flores, sem esquecer nada do que dessa invulgar obra de estreia havia de ser evitado ou amadurecido nos livros posteriores, Abelaira habitou-nos a um tom de atacar o papel (não o assunto; é mesmo o papel que quero dizer) de interrogar-se e interrogar-nos que não se encontra em qualquer outro escritor. Muitas perguntas que estão em todos e em cada um dos seus romances são as mesmas que faço, faria, gostaria de ter feito, as que muitos escritores fazem - mas nunca daquele modo. E a isto chamo originalidade.
                             Mário Dionísio

1 comentários:

Anónimo disse...

Abelaira foi um grande combatente da e pela heterodoxia politica e cultural! Tinha um estilo e presença
admiráveis, com sinais muito fortes de um cosmopolitismo e de um pensamento radical muito saudáveis e estimulantes: Moravia e Pavese, Camus e Faulkner aparecem na sua obra como focos intertextuais transformativos de grande rigor e dinamismo subversivo da escrita. Niet