18/09/15

A desculpa perfeita para um bloco central?

Expresso: "No estudo da Eurosondagem feito para o Expresso e para a SIC, o Partido Socialista consegue 35,5% das intenções de voto elegendo entre 95 a 101 deputados. Já a coligação arrecada 34% conseguindo 99 a 102 lugares no Parlamento. Ou seja, se os resultados das legislativas fossem estes, os dois blocos podiam facilmente reclamar vitória."

2 comentários:

António Geraldo Dias disse...

A crise dos partidos pode abrir uma crise constitucional e política...a situação é mais grave parece-me (Costa já declarou não votar o orçamento de estado se a direita ganhar)-os constitucionalistas jã estão no terreno,J.Miranda em relação ao cenário do Expresso diz que o que interessa é o número de deputados.Num cenário previsível de forte abstenção com uma "maioria de esquerda" na Assembleia um cenário de crise parece mais provável que outro de bloco central,não lhe parece meu caro Miguel Madeira?

José Guinote disse...

Não me parece, de todo, que vá existir um Governo de Bloco Central. Como não me parece que, face aos resultados à esquerda do PS e ao excelente relacionamento político entre as partes, digamos assim, seja possível qualquer coligação de esquerda. O caminho será um Governo da coligação ou do PS sózinho. Depois é consumir o tempo breve que conduzirá a uma moção de censura e a novas eleições com a questão da estabilidade a adquirir uma renovada importância com o povo a "decidir" quem irá governar com uma nova maioria.
Este resultado tem uma dimensão chocante: quase 70% dos votos vão para os partidos que governaram Portugal ao longo das últimas décadas e metade deles vão para a coligação que conduziu estas nefastas políticas ao longo de 4 terríveis anos.
PS - como se previa o PCP acentua a sua liderança no sector mais à esquerda, aumentando os votos e o número de deputados.