21/12/15

Velhos problemas com as soluções do costume

Já se sabe de outras aventuras: a opção que cada Governo toma em cada momento passa sempre por os contribuintes assumirem a conta. Chamou-se a isto, no ínicio do processo austeritário, socializar os prejuízos. Prejuízos, na actividade opaca a que os bancos se dedicam, pode ser o sinónimo de ganância, cupidez, ausência de escrupulos e um total sentimento de impunidade.
António Costa, e o seu Governo, não fugiu à regra. Tal como Passos já dissera, e  Sócrates antes dele, a solção escolhida é a que "melhor defende o interesse nacional". Será a única e será mesmo aquela que melhor defende o interesse nacional?
Esta crise do BAnif aterrou com estrondo na política portuguesa - de onde nunca chegara a levantar voo - para mostrar duas coisas: 1º - a política, no que ao essencial diz respeito, continua a fazer-se "by the book". Quem escolhe a bibliografia não é de todo o Governo e a maioria que o suporta; 2º - para os novos tempos que aí vêem são válidas todas as velhas fórmulas que julgaríamos estarem mortas e enterradas. Não estão, longe disso.
Dito isto apetece-me perguntar. Quanto custava ao Estado Português absorver o Banif através da CGD? Mais de 2,25 mil milhões de euros? Ou quanto custaria indemnizar os depositantes? Menos de 2,25 mil milhões de euros.
Apetece-me, também, dar um cartão amarelo/alaranjado ao Governo de António Costa. Triste País, sempre vergado ao peso de tantas e tão mesquinhas inevitabilidades. Triste País em que os que ganham e os que perdem são sempre os mesmos, os do costume.

PS - o anterior Governo sabia deste buraco na sua total dimensão. São os responsáveis pelas opções que tomaram em particular a injecção de 700 milhões de capital no banco, através de uma tomada de posição accionista. Deviam ser responsabilizados. Mas, isto não é um jogo de pingue-pongue em que de um lado e do outro da rede se envia a bola - das responsabilidades - para o campo adversário, gritando altíssimo: o culpado foram vocês.

4 comentários:

António Geraldo Dias disse...

Uma rasteira (a primeira?)que obrigava o governo a um contra-ataque e não a uma mera defesa acomodatícia na defesa dos interesses consagrados prejudicando mais uma vez o interesse geral.
Uma retirada do ponto de vista da coligação que o suporta mostrando a sua fragilidade na primeira questão decisiva para o futuro do regime económico a contas com uma crise do sistema financeiro sem fim à vista que não se resolve com soluções emprestadas ...

Anónimo disse...

Como alguém bastante ignorante em termos de "economia", gostaria de perceber em que se baseou o governo de esquerda para decidir uma coisa destas...

Anónimo disse...

O velho administrador que agora vem aos média dar ar de boa pessoa, é a raposa que criou um despedimento coletivo para dar lugar aos amigos e familia e criador da EGOISTA. Bentley; Maserati;Porshe bi turbo: Não, não é publicidade.São os carrinhos do presidente de uma empresa que pretende despedir humildes funcionários. E as regras nacionais para «não fumadores» as quais o sr: presidente faz questão de despudoradamente violar como qualquer pessoa pode constatar no Hall por onde ele passa alegre e cheio de graça. É um aroma de charuto ou cachimbo e ainda tem o desplante de dizer a toda a gente a frase “ Quem é que manda em mim “.E os insultos aos representantes dos trabalhadores dessa casa?«Kremlin do Estoril»,in revista Visão. Já adivinharam de que empresa falo? Casino Estoril – A tal que COM LUCROS DE MILHÔES avançou com despedimentos’ A tal que goza com os acionistas e subverte a lei do jogo para utilizar a seu favor? Tem sede não no BurkinaFasso mas no Estoril. Para todos os funcionários alvo da tentativa de escamoteamento do seu ganha pão uma palavra de esperança. Acreditem que a justiça é a constante e perpétua vontade de dar a cada um o que lhe é devido.

Luis Moreira disse...

O CEO do Banif afirma que não há nenhum buraco no banco...