13/04/16

Repensando os "militares de abril" (ALTERADO)

Alteração: afinal Vasco Lourenço não terá desejado que nenhum general aceitasse a nomeação para Chefe do Estado Maior

Post original:

Li algures que, no período após o 25 de abril, Hugo Pratt (o autor da banda desenhada Corto Maltese) foi convidado para falar numa rádio portuguesa e disse qualquer coisa como "o problema do 25 de abril foi ter sido uma revolução militar; se não se criarem milícias populares tudo estará perdido"; como resultado, disseram-lhe para sair do país.

Avançando umas décadas no tempo até aos dias de hoje:
As reacções nas Forças Armadas contra o ministro da Defesa estão em crescendo. Hoje, a Associação 25 de Abril vai tomar posição pública, criticando Azeredo Lopes e louvando a atitude do general Carlos Jerónimo, que se demitiu depois da reprimenda pública do ministro, na sequência das críticas de Azeredo Lopes a uma situação de alegada discriminação de alunos homossexuais no Colégio Militar. Vasco Lourenço, que remete para o conteúdo do comunicado que hoje será divulgado, expressa no entanto e desde já um desejo: que Azeredo Lopes não encontre um substituto para o chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), avança hoje o jornal "i".

“O desejável é que os generais que venham a ser convidados a seguir digam que não”, afirma o coronel ao mesmo jornal. “Infelizmente, isso não é o normal, vamos ver o que acontece”, diz ainda Vasco Lourenço, que tem estado envolvido na preparação das comemorações do 42.o aniversário do 25 de Abril. O ministro da Defesa terá começado na segunda-feira a ouvir quatro candidatos ao lugar, segundo noticiou o “DN”.

Em relação ao documento, e sem o querer antecipar ao "i", Vasco Lourenço resume o que vai ser a tomada de posição da Associação 25 de Abril: “Vou felicitar a atitude do general Carlos Jerónimo, criticar a atitude do ministro, e não só, e manifestar preocupação.”

0 comentários: