23/11/16

Aceitar os resultados das eleições norte-americanas? (II)

Há dias eu escrevia que não tinha lógica a exigência de que Trump se comprometesse previamente a aceitar os resultados eleitorais:
Veja-se as alegações que frequentemente surgem a seguir a eleições nos EUA (normalmente do lado que perdeu)...


... há suficientes alegações, de parte a parte, de irregularidades; agora conjugue-se isso com o sistema eleitoral norte-americano, em que basta ter mais um voto num estado para ter (com duas exceções insignificantes - Maine e Nebraska) todos os votos desse estado no colégio eleitoral. Não é díficil imaginar (sobretudo numa eleição renhida) uma situação em que haja alegações de irregularidades numa assembleia de voto, que os votos em causa sejam suficientes para decidir quem ganha nesse estado, e que os votos desse estado sejam decisivos para decidir o resultado final - ou seja, é perfeitamente possível que haja razões credíveis para se duvidar que o vencedor designado seja o verdadeiro vencedor.

Portanto que lógica teria, ainda antes das eleições, de se saber se houve ou não situações duvidosas, e de se saber se, a existirem, esses casos poderiam ter impacto no resultado final, um candidato dizer antecipadamente que aceitará como verdadeiro o resultado das eleições?
E agora, temos isto (CNN, via Destreza das Dúvidas):
Hillary Clinton's campaign is being urged by a number of top computer scientists to call for a recount of vote totals in Wisconsin, Michigan and Pennsylvania, according to a source with knowledge of the request.


The group informed John Podesta, Clinton's campaign chairman, and Marc Elias, the campaign's general counsel, that Clinton received 7% fewer votes in counties that relied on electronic voting machines, which the group said could have been hacked.

Adenda: Demographics, Not Hacking, Explain The Election Results (FiveThirtyEight)

0 comentários: